top of page

Patrimônio

Fundada em meados do século XVIII, a cidade de Bonito abriga um importante patrimônio material, sobretudo de templos religiosos. Outros edifícios também compõem um acervo único, como casarões na zona rural e urbana, entre eles a famosa Casa de Alberto d'Oliveira.

UMA EXPLICAÇÃO

 

Conversa entre irmãos justificando a confecção deste álbum de fotografias da Casa do Dr. Alberto d’ Oliveira, nosso querido e sempre lembrado pai.

 

 

Lendo o livro “A Casa ─ Ponto de Honra”, do escritor português Ismael Sanches. Comecei a pensar, relacionando o que ele expunha com a nossa casa , construída por papai, no Bonito, ao final da década de 20 do século passado, percebendo como ela expressava sua singular personalidade. Então, entendi o orgulho que ele tinha de a ter construído. Daí, nasceu a ideia de fazer este álbum.

A cada assertiva do autor, a cada conceito expresso sobre o significado e a importância da casa, mais me convencia que foi com pensamentos e sentimentos semelhantes que papai construiu a “sua casa”. Uma casa ao seu mofo idealizada, para sua família, razão do seu viver, e onde morou até o final dos seus dias neste mundo.

Como não pensar que papai sentia sua casa “como prolongamento do seu corpo, como segundo espaço de sua pessoa, como Sanches afirma ser uma casa? Quem de nós não se lembra desta resposta: “onde vou fazer isso, minha velha, senão em minha casa”, quando mamãe reclamava da ponta do charuto jogado no chão?

Não está ai o consultório construído como anexo da casa, confirmando o autor quando diz: “tudo está condicionado pela casa, a morada condiciona o trabalho?” Ou ainda, diante da ideia de que o espaço de uma casa guarda a presença dos seus habitantes, e é sinal da qualidade de vida aí usufruída, não vem a lembrança de papi sentado na poltrona da sala de visitas, envolvido pela leitura de um livro ou do jornal Diário de Pernambuco? Não evocamos a cena de seus filhos atentos a ouvir sua conversa nos bate-papos familiares, à mesa após o jantar?

Como não admitir que também a nossa casa é sagrada, ao ler este texto? As casas, todas as casas, de todos os caseiros do mundo – onde se parte e reparte o pão em silêncio e na intimidade, onde se partilham as tristezas e alegrias, os sucessos e os fracassos – essas casa são sagradas”. Penso até que já elegemos o terraço da frente como o local para as nossas celebrações. Qual altar, é nele que temos registrado os momentos alegres e felizes do nosso viver, que vão desde 1934, com a fotografia dos seis irmãos em companhia da prima Cleide, até os dias atuais, com nossas reuniões para festejar a chegada de um novo ano.

“Todo homem leva consigo o sonho de uma casa”, diz Sanches. Papai não fugiu à regra, E as fotografia aqui selecionadas provam que ele não apenas teve o sonho de construir sua casa, mas o realizou em toda a sua plenitude.

Para finalizar esta homenagem prestada a papai e deixar para todos nós este álbum de recordações, peço licença para fazer usando as palavras de Saint Exupery: “meus sonhos [...] vão me ajudar a construir o futuro, uma casa – porque a beleza das casas não reside no fato de que são feitas para abrigarem homens, mas na maneira em que são concebidas. No dia em que construir a minha casa, quero que ela consiga dizer algo. Que ela seja um sinal, um símbolo.

Deixarei que a casa dos meus sonhos surja do meu interior, como a água surge da fonte, ou a luz do horizonte”

Vocês não acham que foi assim o sonho de papai?!

 

Nenéa / Recife, dezembro de 2014

logo lat pb col.png

 Rodeador Cultural Gestão de Projetos

CNPJ: 38.408.131/0001-85

 

(21) 98280-7872
@rodeadorcultural
rodeadorcultural@gmail.com


Núcleo PE
Rua Dr. Alfredo Ramos, 117-B. 
Veloso. Bonito-PE. 55680-000

Núcleo MG
Rua Padre Rolim, 1129
.
São Cristóvão. Ouro Preto-MG. 35400-001

Contate-nos

bottom of page